Em conversa com apoiadores na portaria do Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta segunda-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pretende editar uma nova regulamentação para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), nesta quinta (10), incluindo perdão de dívidas.
De acordo com informações do Uol, no fim de 2021 o governo federal criou regras para renegociação das dívidas de jovens que aderiram ao programa até 2017, que em dezembro entrou em vigor com a publicação de uma medida provisória.
Ainda segundo o site, os débitos vão poder ser parcelados em até 12 anos e o abatimento pode ser de 86,5% no valor das dívidas e aumentar para até 92%, caso o devedor esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Quem tem débitos vencidos há mais de 90 dias da data da publicação da MP deve ter desconto de 12% à vista ou pode parcelar em 150 meses, sem juros e multas.
“São 1 milhão e 70 mil jovens que fizeram curso superior e não iam pagar… Não vão pagar a conta. Não tem como pagar. E daí não pode fazer negócio, fica difícil a vida deles”, disse Bolsonaro, nesta segunda (7). “Quem está inadimplente de 2017 para cá não vai pagar mais, esse é caso perdido”, disse o presidente, afirmando que para os demais, o governo dará um “bom desconto”.
Na ocasião, ele admitiu que o “Fies é um bom programa”, desde que “feito com responsabilidade”, mas aproveitou para alfinetar o ex-presidente Lula (PT). “O que a ‘esquerdalha’ fez? Criou 1 trilhão de universidades pelo Brasil. [O Fies] virou negócio. Quem sabe, né… Acompanha um pouquinho, vê o que aconteceu”, disse Bolsonaro.